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De 30 de novembro a 12 de dezembro acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a COP 28, cujo propósito é acelerar as ações para alcançar os objetivos do Acordo de Paris e da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Como católicos, o que mais devemos saber a respeito dessa conferência sobre mudanças climáticas, e por que devemos nos preocupar com esta cúpula vital da ONU?

Por que os católicos devem se preocupar com a COP 28?

Os católicos devem se preocupar com a COP 28 porque nossa fé exige que cuidemos da criação de Deus e dos mais vulneráveis, ambos devastados pela nefasta crise climática.

Dois dos princípios fundamentais da Doutrina Social da Igreja estão diretamente relacionados à crise climática: a opção pelos pobres e vulneráveis ​​e o cuidado pela criação de Deus. A crise ecológica e a emergência climática estão destruindo a criação de Deus e os nossos irmãos e irmãs mais pobres e vulneráveis ​​estão sofrendo mais, apesar de terem pouco a ver com as emissões de gases de efeito estufa que causam esta crise.

Santos e papas têm deixado claro por séculos literalmente que, como católicos e pessoas de fé, devemos cuidar da criação de Deus. No século XI, Santa Hildegarda de Bingen disse: “A Terra sustenta a humanidade. Não deve ser prejudicada, não deve ser destruída”. Portanto, cuidar da criação de Deus tem sido uma parte crucial da fé católica por séculos.

O Papa Francisco inspirou fiéis em todos os lugares com sua encíclica Laudato Si’. Esse poderoso documento ajudou 1,2 bilhão de católicos do mundo todo a entenderem melhor que “tudo está interligado” e colocar os ensinamentos milenares da Igreja no contexto da atual crise ecológica e emergência climática.

Sob um ponto de vista mais prático e cotidiano, a crise climática está afetando a todos nós na forma de temperaturas mais altas e climas mais extremos, que os cientistas dizem ser características mais comuns de um planeta mais quente.

Os especialistas dizem que eventos climáticos severos num planeta mais quente furacões mais fortes, secas mais extremas e mais ondas de calor, entre outros continuarão acontecendo e serão ainda piores se continuarmos emitindo gases de efeito estufa e aquecendo, assim, o nosso planeta.

Por que os jovens católicos devem se preocupar com as mudanças climáticas e a biodiversidade?

Porque é o futuro deles. São eles os líderes que podem fazer com que este processo alcance um bom resultado. Remodelar nossos sistemas de energia e criar um futuro mais resiliente e limpo será um processo de décadas que eles estão liderando em alguns aspectos e, no fim das contas, vão liderar completamente.

A crise climática também os afetará mais do que os outros. O futuro deles, infelizmente, está fadado a ser marcado por eventos climáticos mais extremos do que os de qualquer outra geração. Literalmente, seu futuro está em jogo.

Os jovens também têm a oportunidade de criar um futuro realmente diferente. Eles podem decidir que futuro vão criar, estabelecer um limite e dar um basta aos combustíveis fósseis, e então trabalhar incansavelmente para criar esse futuro para a nossa casa comum.

O que as pessoas comuns podem fazer?

De imediato, você pode assinar a petição do MLS para a COP. Com a participação do Papa Francisco na COP, um acontecimento inédito, e a recente publicação da Laudate Deum, o apoio dos católicos é fundamental.

A petição ao Sultão Dr. Ahmed Al Jaber reivindica que se acelere a transição para energias limpas de forma justa; um compromisso que contenha acordos concretos e vinculantes; desenvolver e implementar um Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis; abraçar as dimensões humana e social; evitar atrasos; reconhecer a natureza interligada da crise; e garantir transparência, financiamento climático e supervisão. 

A hora é agora. Assine a petição aqui.