Nesta quinta-feira, 29 de fevereiro, o Bank für Kirche und Caritas (BKC), banco alemão da Igreja Católica, juntamente com diversas instituições católicas e organismos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se reuniram para colaborar em prol do cuidado da nossa Casa Comum. O encontro ocorreu na sede da Rede Eclesial Pan-Amazônia – REPAM-Brasil, em Brasília.

Cerca de 15 instituições, entre elas a REPAM-Brasil, Rede Igrejas e Mineração, Casa Galileia, Pontifícias Obras Missionárias (POM), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Articulação das Pastorais do Campo, Centro Cultural Missionário (CCM), Cáritas Brasileira, Pastoral dos Migrantes, Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais no Brasil (IRI Brasil) e o Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (OLMA), participaram da atividade.

O encontro, liderado pela Comissão Especial de Ecologia Integral e Mineração da CNBB, o Movimento Laudato Si’ e o BKC, teve como objetivo de criar uma ponte de cooperativismo internacional e atuar em conjunto pelo cuidado da Casa Comum.

Richard Böger, diretor executivo do BKC, compartilhou a felicidade em reunir o grupo para discutir os problemas e soluções para a região e relembrou o processo de mobilização que têm ocorrido nos últimos anos para frear o desmatamento na Amazônia. “Nos últimos anos, tivemos alguns problemas por conta do desmatamento na região amazônica e começamos um processo de engajamento, junto com o Movimento Laudato Si e a CNBB, e após esse processo, tivemos resoluções muito positivas”, ressaltou.

Desde 2021, o grupo católico lidera uma mobilização a favor da Amazônia e dos povos indígenas. No mesmo ano, cerca de 100 organizações católicas de 18 países solicitaram, em uma carta enviada ao governo brasileiro, medidas concretas para a proteção da floresta tropical e dos povos indígenas. O documento também pedia a implementação de um plano concreto de combate ao desmatamento com um orçamento específico e objetivos mensuráveis.

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Tommy Piemonte, chefe de pesquisa de investimentos sustentáveis do BKC, agradeceu a oportunidade de diálogo e afirmou que desejam trabalhar em conjunto. “Queremos promover um lugar de diálogo, pois conecta e ilumina o que estamos fazendo”, ressaltou.

O chefe de pesquisa afirmou que a partir do conhecimento dessas organizações sobre os impactos da mineração será possível desenvolver estratégias para rastrear a atividade garimpeira em terras indígenas e combater o garimpo ilegal e as atividades ilegais na Amazônia.

Richard Böger, diretor executivo do BKC, e Tommy Piemonte, chefe de pesquisa de investimentos sustentáveis do banco alemão.

O coordenador para Iberoamérica do Movimento Laudato Si’, Igor Bastos, explica que essa parceria junto ao banco alemão começou ainda em 2021, durante o Governo Bolsonaro, para unir forças em relação à proteção da Amazônia e dos povos indígenas e pelo cuidado da Casa Comum. “Agora, com a visita dos representantes do banco, o CEO e o Coordenador de Sustentabilidade, nesta semana em Brasília, a gente teve a oportunidade de visitar o Palácio do Planalto, junto a algumas secretarias, e realizar reuniões com representantes de alguns ministérios, entre eles o de Minas e Energia, além do IBAMA”.

Ele ressalta que a agenda com as organizações católicas podem fortalcer os laços e criar uma ponte de cooperativismo internacional pelo cuidado da Casa Comum, além de identificar oportunidades para caminhar em conjunto com outras organizações internacionais.

Ao final do encontro, o grupo passou por uma experiência imersiva a partir do filme “Amazônia Viva”, que utiliza filmagens em 360º graus para apresentar a região do Rio Tapajós. O filme é uma produção da Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais no Brasil (IRI Brasil).

Sobre BKC

Como um banco Católico, o Banco für Kirche und Caritas (BKC) tem aplicado critérios de sustentabilidade em todos os seus investimentos por quase 20 anos. Este filtro de sustentabilidade oferece a oportunidade de moldar seus investimentos de acordo com sua orientação de valores cristãos e, assim, também contribuir para o desenvolvimento sustentável. Além da utilização de um filtro de sustentabilidade, o BKC também tenta iniciar um diálogo com empresas e países do seu universo de investimento, a fim de motivá-los a fazer melhorias em seus respectivos esforços de sustentabilidade ou a remediar incidentes polêmicos existentes. O Banco Católico conduz esse diálogo de engajamento não apenas com o objetivo de reduzir os riscos à sustentabilidade de seus investimentos, mas também como exige sua responsabilidade como investidor católico.

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