TNPCF

O Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis (TNPCF) é uma iniciativa global que busca um regime internacional que complemente o Acordo de Paris para abordar a oferta ainda crescente de combustíveis fósseis.

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“Sabemos que a tecnologia baseada nos combustíveis fósseis – altamente poluentes, sobretudo o carvão mas também o petróleo e, em menor medida, o gás – deve ser, progressivamente e sem demora, substituída.” (LS 165)

Não proliferação

Impedir a proliferação de energias movidas a carvão, petróleo e gás através da interrupção de toda nova exploração e produção.

[Informações adicionais: Deter a expansão de qualquer nova produção de carvão, petróleo ou gás natural de acordo com a melhor ciência disponível, conforme descrito pelo IPCC e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)].

Eliminação gradual justa:

Eliminar gradualmente a produção atual de combustíveis fósseis de acordo com a meta climática global de 1,5°C de aquecimento.

[Informações adicionais: Eliminar gradualmente a produção atual de combustíveis fósseis de maneira justa e equitativa, considerando a dependência dos países em relação aos combustíveis fósseis e sua capacidade de transição.]

Transição justa e equitativa:

Agilizar a implementação de soluções reais rápidas e uma transição justa para todos os trabalhadores, comunidades e países.

[Informações adicionais: Garantir uma transição energética justa para 100% de acesso à energia renovável em todo o mundo, apoiar as economias dependentes para diversificarem-se dos combustíveis fósseis e permitir que todas as pessoas e comunidades, incluindo o Sul Global, prosperem.]

“unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar” (LS 13)

Por que os católicos aderem ao Tratado e ao Desinvestimento em Combustíveis Fósseis

“Do ponto de vista da ciência física, limitar o aquecimento global induzido pelo homem a um nível específico exige limitar as emissões cumulativas de CO2, alcançando pelo menos zero emissões líquidas de CO2, juntamente com profundas reduções em outras emissões de gases de efeito estufa.” (IPCC 2022)

“Hoje os sinais não são bons. Os investimentos em combustíveis fósseis continuam crescendo, apesar de os cientistas nos dizerem que os combustíveis fósseis devem permanecer no solo. […] Devemos trabalhar juntos para … acabar com a dependência global dos combustíveis fósseis.” (Papa Francisco, discurso especial, 29 de maio de 2019)

“A redução de gases com efeito de estufa requer honestidade, coragem e responsabilidade, sobretudo dos países mais poderosos e mais poluentes.” (LS 169)

“Tornou-se urgente e imperioso o desenvolvimento de políticas capazes de fazer com que, nos próximos anos, a emissão de dióxido de carbono e outros gases altamente poluentes se reduza drasticamente, por exemplo, substituindo os combustíveis fósseis e desenvolvendo fontes de energia renovável. No mundo, é exíguo o nível de acesso a energias limpas e renováveis.” (LS 26)

“Se a tendência atual se mantiver, este século poderá ser testemunha de mudanças climáticas inauditas e duma destruição sem precedentes dos ecossistemas, com graves consequências para todos nós.” (LS 24)

“Hoje, as questões relacionadas com o cuidado e a preservação do ambiente devem ter na devida consideração as problemáticas energéticas. De fato, o açambarcamento dos recursos energéticos não renováveis [isto é, combustíveis fósseis] por parte de alguns Estados, grupos de poder e empresas constitui um grave impedimento para o desenvolvimento dos países pobres.” (Papa Emérito Bento XVI – Caritas in Veritate 49)