Seguindo a liderança do Papa Francisco, grupos buscam amplificar as vozes dos mais vulneráveis

(Lisboa, 24 de junho de 2022) Pela primeira vez, grupos católicos da Oceania participarão da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas. A cúpula será realizada em Lisboa, Portugal, de 27 de junho a 1º de julho. É a segunda Conferência dos Oceanos da ONU, depois da primeira realizada em 2017 em Nova York.

Líderes católicos da Oceania, incluindo povos indígenas, cardeais, jesuítas e membros do Movimento Laudato Si’ buscarão amplificar as vozes dos mais vulneráveis ​​e defender a criação de Deus a partir da perspectiva de sua fé católica, guiados pela encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco. A conferência se concentrará no avanço do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 da ONU, “conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável”.

O Arcebispo Peter Chong, da Arquidiocese de Suva, Fiji e Presidente da Federação das Conferências dos Bispos Católicos da Oceania (FCBCO, na sigla em inglês), um dos delegados, disse:

“Cuidar do meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas são ações que devem andar juntas. Não podemos simplesmente lutar contra a crise climática enquanto continuamos prejudicando a nossa casa comum. Nosso Santo Padre exorta os líderes políticos e empresariais a parar de pensar em ganhos de curto prazo e trabalhar pelo bem comum. Além disso, a Doutrina Social da Igreja coloca que os seres humanos e o cuidado da criação de Deus devem estar no centro do desenvolvimento econômico. Faremos essa mobilização profética ao longo de toda a Conferência dos Oceanos da ONU”.

Os estados insulares do Pacífico estão sofrendo cada vez mais os impactos ecológicos, sociais e culturais da emergência climática e da crise da biodiversidade. Os cientistas dizem que o aumento da temperatura global está exacerbando eventos climáticos extremos e causando o aumento do nível do mar em toda a região. Na linha de frente estão as comunidades locais e indígenas resilientes que estão lutando para se adaptar às diversas crises.

Um evento presencial paralelo mostrará essas vozes locais e destacará o papel das comunidades e organizações religiosas na defesa do dom da criação de Deus.

O evento, intitulado “Oceania Talanoa: a fé, os indígenas e a natureza de Moana moldando e salvaguardando as inovações do mar”, acontecerá às 18h30 de Lisboa / 13h30 de Nova York na terça-feira, 28 de junho. O evento será transmitido ao vivo pelos canai sdo Movimento Laudato Si’ no YouTube e no Facebook .

Uma vasta gama de parceiros católicos promoverá o evento, e os seguintes delegados da Conferência dos Oceanos da ONU devem participar:

  • Cardeal John Ribat, Presidente da Federação das Conferências dos Bispos Católicos da Oceania e Membro do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano
  • Theresa Ardler, Agente de Ligação de Pesquisa Indígena da Universidade Católica Australiana, Diretora e Proprietária da Gweagal Cultural Connections
  • Dom Peter Chong, Arquidiocese de Suva, Fiji e atual Presidente da Federação das Conferências dos Bispos Católicos da Oceania
  • Amy Woolam Echeverria, Diretora Internacional de Justiça, Paz e Integridade da Criação para os Missionários de São Columbano e Co-coordenadora da Força-tarefa de Ecologia da Comissão de Covid 19 do Vaticano
  • Pelenatita Kara, Gerente de Programa do Fórum da Sociedade Civil de Tonga
  • Malialosa Tapueluelu, Oficial de Programa da Cáritas Tonga
  • Pe. Pedro Walpole, SJ, Coordenador Global para a Ecojesuíta, Diretor de Pesquisa em Ciências Ambientais para a Mudança Social e Coordenador de Rede para a River Above Asia Oceania Ecclesial Network.
  • Dra. Robyn Reynolds, OLSH, Professora Titular na Yarra Theological Union
  • Tevita Naikasowalu, Coordenador de Justiça, Paz e Integridade da Criação para a Sociedade Missionária de São Columbano em Fiji
  • Musamba Mubanga, Oficial Sênior de Advocacy na Caritas Internationalis*
  • Pe. Prem Xalxo, SJ, Professor da Pontifícia Universidade Gregoriana*

*participará como delegado na Conferência dos Oceanos da ONU, mas não falará no evento paralelo