
Guia Mensal de Oração do MLS
Este recurso é um guia para os membros do nosso movimento usarem coletiva ou individualmente a cada mês. Todos os meses, este guia de oração traz reflexões e testemunhos de diferentes membros do nosso movimento global para inspirar você a orar, contemplar, refletir e agir pela criação. A edição deste mês foi preparada por Cheryl Dugan, da Secretaria do MLS na Região Ásia-Pacífico, e o Pe. Martin Everi MSC, de Kiribati, e teve o apoio de Mariel Caldas, da Argentina; o trabalho estratégico de Guada Corigliano, da Argentina; o design de Marco Vargas, do Equador; além do trabalho de outros membros da equipe de Comunicação espalhados por todas as Américas e tradutores espalhados pelo mundo.
Se desejar, pode descarregar este recurso em formato PDF, clicando aqui.
Como usar este guia de oração para um encontro
Este ano estamos fazendo algumas alterações neste guia para que ele possa ser um apoio melhor para você e sua comunidade. Aqui estão algumas dicas sobre como usá-lo para estruturar um encontro:
- Leia o guia completo para se familiarizar com o conteúdo e planejar como você vai usá-lo no encontro.
- Faça o encontro em três etapas: Ouvir o Canto da Criação, Ouvir o Grito da Criação e Ouvir o Chamado da Criação, priorizando o tempo de oração comunitária, o silêncio contemplativo e a reflexão pessoal e compartilhada.
- Após o encontro, lembre-se de agradecer aos participantes e começar a planejar o próximo, além de continuar em oração durante todo o mês com a intenção de oração daquele mês.
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Ouvindo o canto da Criação
Para passarmos mais tempo com a Criação e contemplar este lindo dom de Deus.
“O mundo é algo mais do que um problema a resolver; é um mistério gozoso que contemplamos na alegria e no louvor.” (LS 12)

Um pôr do sol deslumbrante na serena costa de Fiji, testemunho da beleza duradoura da criação de Deus e da graça divina que a sustenta.
Oração do mês: Oração de Esperança pela Criação (escrita por Ben Thurley)
Por cada boa dádiva da criação, por toda a sua diversidade, dignidade:
Nós te damos graças.
Para as espécies e habitats ameaçados, para todas as criaturas à beira do precipício:
Pedimos tua graça e proteção.
Por buscar viver sem limites e não conseguir enxergar como a nossa vida afeta a todos na comunidade da criação:
Pedimos teu perdão e tua correção.
Pela beleza e diversidade desta família dos que têm fé:
Nós te damos graças
Para todos os que lutam e estão cansados, que sofrem e são oprimidos:
Pedimos tua graça e proteção.
Pela indiferença, ignorância ou excesso de atividades que nos impedem de responder com misericórdia e justiça a nossos irmãos e irmãs necessitados:
Pedimos teu perdão e tua correção.
Por cada oportunidade de fazer o bem, partilhar a abundância e viver mais sintonizados com a tua hospitalidade sincera:
Nós te damos graças.
Quando nos sentimos desgastados, cansados ou destruídos pelo peso das nossas próprias lutas e fracassos:
Pedimos tua graça e proteção.
Pelos momentos em que não atendemos ao teu chamado de trilhar o caminho do discipulado com teu Filho Jesus:
Pedimos teu perdão e tua correção.
Senhor Jesus Cristo, Deus nosso Pai amoroso, Espírito Santo: pela graça nos destes conforto e esperança eternos. Confortai nossos corações e fortalecei-os em toda boa obra e palavra.
Amém.
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Ouvindo o grito da Criação
Reflexão mensal para aprofundar a nossa conversão ecológica
Da conscientização à ação: Minha história de conversão ecológica
Pe. Martin Everi MSC, Animador Laudato Si’ – Kiribati e Fiji
Em 1984, durante uma aula de geografia, ouvi falar pela primeira vez do aquecimento global e dos seus impactos nocivos em ilhas baixas como Kiribati, meu país insular. A Irmã Nora Hanrahan, Filha de Nossa Senhora do Sagrado Coração (FDNSC), foi quem nos apresentou o tema. Os efeitos das mudanças climáticas em Kiribati, como a elevação do nível do mar e a erosão costeira, me impressionaram profundamente, visto que as nossas belas ilhas estão não mais do que três metros acima do nível do mar.
Essa consciência ficou comigo. Durante os meus dias de seminário, decidi escrever uma tese sobre as questões ambientais no Pacífico e suas implicações na missão da Igreja. Minha tese no Dharmaram Vidya Kshetram em Bangalore, na Índia, foi sobre a mineração em Banaba e Nauru, testes nucleares nas Ilhas Marshall e na Ilha Christmas (Kiribati), e o transporte de resíduos nucleares pelo Oceano Pacífico.
Meu interesse pelos problemas ecológicos, especialmente o aquecimento global, levou à minha dissertação intitulada Kamaiuira (Salve-nos): O aquecimento global e suas implicações na missão da Igreja em Kiribati”, realizada no Instituto de Vida Consagrada da Ásia, afiliado à Universidade Santo Tomás nas Filipinas, em 2009. O título reflete o clamor do povo de Kiribati e das nossas ilhas baixas por causa dos impactos destrutivos das mudanças climáticas.
Depois de concluir meus estudos de doutoramento, comecei a falar sobre a crise climática com a minha comunidade nas Filipinas. Depois disso fui para Fiji, onde falei sobre mudanças climáticas na Universidade do Pacífico Sul. Também falei para noviços de diversas congregações religiosas e conduzi um workshop para superiores gerais da região do Pacífico no Seminário Regional do Pacífico. Mais tarde, fui convidado a compartilhar as preocupações dos povos do Pacífico numa conferência sobre mudanças climáticas organizada pela Conferência Episcopal da Ásia e Misereor em Bangkok, na Tailândia, e na Conferência sobre Justiça Climática em Roma, em 2011.
De 2015 a 2023 retornei a Kiribati, onde trabalhei na Paróquia de São José em Bikenibeu, Tarawa. Em 2021, durante o Tempo da Criação, lancei a Ação Climática Jovem Laudato Si’, com foco no plantio de manguezais. Iniciamos este projeto no dia 4 de outubro, festa de São Francisco, com uma missa na Comunidade São Vicente de Paulo, com a presença de mais de uma centena de jovens. Após a missa das 7h, eles participaram de uma limpeza geral ao longo do caminho e plantaram cerca de 2.000 árvores de mangue.
Essa iniciativa continuou durante o Tempo da Criação de 2022 e no início de 2023. Nos últimos três anos, os jovens plantaram mais de 7.000 árvores de mangue.
Atualmente estou trabalhando em Fiji. No momento em que escrevo, retornei temporariamente a Tarawa, Kiribati, para a celebração da posse do nosso novo bispo. Enquanto estiver em Kiribati, pretendo voltar a me envolver na plantação de manguezais com os jovens da Paróquia de São José em Bikenibeu. Através destes esforços, pretendo inspirar a próxima geração a ser cuidadora da nossa casa comum e proteger as nossas ilhas baixas para as futuras gerações.
Cada árvore plantada, cada jovem engajado é mais do que uma resposta à crise: é um alegre ato de louvor pela beleza da nossa casa comum. Nossas ilhas baixas não são apenas pontos num mapa, mas o lar de comunidades profundamente enraizadas na cultura e na tradição. Que todos possamos encontrar inspiração nas maravilhas da Criação e nos comprometermos com a sua preservação.

A aldeia de Tebunginako em Abaiang, Kiribati, hoje em dia é coberta de água devido à elevação do nível do mar, e seus residentes foram realocados para áreas mais seguras no interior. As pequenas ilhas do Pacífico estão sofrendo graves impactos das mudanças climáticas, incluindo inundações costeiras e infertilidade do solo devido à invasão da água do mar.
Perguntas para reflexão
- Refletindo sobre a história do Pe. Martin Everi, que experiências pessoais influenciaram a sua conscientização sobre os problemas ambientais e como elas motivaram você a agir?
- Como você e sua comunidade religiosa podem trabalhar juntos para enfrentar os desafios ambientais e promover a sustentabilidade ecológica? A história do Pe. Martin lhe inspira alguma ideia nova?
- O Pe. Martin conta como o seu trabalho ecológico “é um alegre ato de louvor pela beleza da nossa casa comum”. Como você pode considerar suas atividades em nossa casa comum como um “alegre ato de louvor”?
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Ouvindo o chamado da Criação
Chamado à ação deste mês: Participe de um encontro nacional

O processo de Encontros ainda está acontecendo! É um processo importante e inspirador para refletir sobre os frutos do nosso movimento e sonhar com o futuro. Veja como você pode preparar um encontro nacional ou participar de um. Se no seu país ainda não aconteceram encontros locais, comunitários e nacionais rumo a 2025, convidamos você a buscar realizá-los o mais rapidamente possível. Como você pode preparar um encontro? Revendo os novos recursos disponíveis para a organização de encontros, disponíveis em nosso site.
Em breve: planeje como você participará do Tempo da Criação no mês que vem!

Durante o próximo Tempo da Criação, celebrado de 1º de setembro a 4 de outubro, temos uma oportunidade única de agir pela criação. Planeje com antecedência com a ajuda de recursos gratuitos disponíveis aqui! Agir, especialmente em questões tão cruciais como o cuidado da nossa casa comum, cria esperança nas nossas comunidades. Quando agimos, não só fazemos algo positivo para a criação, mas também inspiramos outras pessoas a fazerem o mesmo.
Explore estes recursos e planeje seu evento para o Tempo da Criação
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